31 de dezembro de 2011

Escrevendo os clichês de 2011...

2011 foi bem clichê.
E clichê que é clichê,
a gente escreve em versos.
Com toda certeza, nesses 365 dias (!)
eu colhi o que plantei.
Até mesmo das sementes ruins.
Mas depois das tempestades colhidas,
eu me fartei da bonança. Quanta bonança!
Publiquei meu primeiro livro,
mas outros três ficaram para 2012.
Acredite, é melhor um pássaro na mão
do que quatro voando.
Eu também fiquei muito rica,
muitíssimo rica,
você se espantaria do quão rica:
eu tenho pessoas que amo comigo.
O meu coração está nelas,
mesmo se elas estão longe,
tipo via láctea,
elas são minha riqueza
(se quiser, pode ler "tesouro").
Eu também fiz papel de boba:
tremi ao falar em público,
implorei para publicarem meus livros,
insisti e escrevi bem mal.
2011 foi intensamente clichê.
E para você eu desejo o dobro
daquilo que você deseja para mim
(menos as coisas ruins).
Matheus se formou no Ensino Fundamental
e eu lembrei que chorei
quando ele fez a primeira prova
que eu paguei com o suor do meu rosto,
das minhas mãos e dos meus olhos.
Para bom entendedor, meia palavra
basta!
Isso não é clichê, é coisa de mãe!
(o que é quase igual,
pois nós só mudamos de nome,
de endereço, de peso,
de filho e de conta bancária).
Pobre é que é feliz.
E eu sou! Pedinte absoluta
de uma riqueza que não passa.
E chega de blablablá.
Adeus, ano velho!
Feliz ANO NOVO!
(sim, com maiúsculas para soar bem forte).
E o título vai para os meus alunos! Há!
E o beijo vai para o meu namorado!

13 de dezembro de 2011

CEPE anuncia vencedores do II Concurso de Literatura Infantil e Juvenil




Ganhadores são de Minas Gerais, Pernambuco, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo

A Companhia Editora de Pernambuco – Cepe anunciou o resultado do II Concurso Cepe de Literatura Infantil e Juvenil, promovido em 2011. Na categoria Infantil os vencedores foram a mineira Maria Ângela Haddad Villas (Mariângela Haddad), com o livro O mar de Fiote, primeira colocada; a jornalista pernambucana Adriana Pimentel Victor, segunda colocada com a obra Maria das vontades; e a cearense Aline Maria Freitas Bussons, com O hipopótamo que tinha ideias demais, terceira classificada. Na categoria Juvenil, a obra vencedora foi O dia em que os gatos aprenderam a tocar jazz, de Pedro Henrique Barros Portela da Silva, do Rio de Janeiro; seguindo-se A valente princesa Valéria, de João Paulo Vaz, também do Rio de Janeiro, segundo colocado; e O decifrador de poemas, de Viviane Veiga Távora, de São Paulo, terceira colocada.

Os prêmios são idênticos para cada categoria: oito mil para o primeiro lugar, cinco mil para o segundo colocado e três mil para o terceiro. Não houve menções honrosas. Concorreram 333 obras, sendo apenas 59 na modalidade juvenil, o que demonstra o boom que a literatura infantil vem vivendo nos últimos anos, alavancada por ótimos textos e excelentes ilustrações e projetos gráficos. A comissão julgadora foi composta pelo jornalista e escritor Cícero Belmar; escritor Conrado Falbo; especialista em crítica literária Luiz Reis; a mestra e doutoranda em Linguística, cujo objeto de estudo são os contos de fadas, Simone de Campos Reis; e a assessora pedagógica de bibliotecas comunitárias e agente de formação de leitores, Carmem Lúcia Bizerra Bandeira, colunista do site Interpoética. A comissão julgadora considerou critérios subjetivos como criatividade, originalidade, representação de gênero, prazer da leitura, entre outros.

Mariângela Haddad é bastante conhecida como ilustradora, tendo recebido diversas menções "Altamente Recomendável" da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (RJ) e o Prêmio de Incentivo do NOMA, Japão, em 1996. Começou a escrever em 2009, quando ganhou o concurso 5º Prêmio Barco a Vapor, da Fundação SM, São Paulo, com o livro O Sumiço da Pantufa. O livro O mar de Fiote, que venceu o concurso da Cepe na categoria Infantil, fala da descoberta de um mar inusitado e o início de uma amizade improvável, tendo como cenário uma cidade do interior. “Cheguei a imaginar o estranhamento que esse "mar mineiro" causaria num concurso de literatura promovido à beira-mar... Concursos são assim, indispensáveis, importantes, bem-vindos e causadores de frios na barriga”, disse ela.


Foi a primeira vez que Pedro Henrique Barros Portela, vencedor na categoria Juvenil, participou de um concurso literário. O texto foi escrito no final de 2010, “mais pelo exercício da escrita e pelo prazer imediatista dela”. A inspiração veio de sua admiração por gatos e pelo jazz, estilo musical que mais aprecia. A inscrição no concurso teve também o objetivo de ajudar a superar o medo da crítica. Ele confessa que ficou “atônito” com a notícia sobre o prêmio. “Nunca tinha ganho nada dessa forma antes, então não sabia como se reage a uma notícia dessas”.

CONCURSO SE CONSOLIDA – A repercussão do I Concurso Cepe de Literatura Infantil e Juvenil, realizado em 2010, e a qualidade editorial e gráfica dos livros que foram lançados em 2011, deixaram os vencedores do II Concurso com uma grande expectativa. Aline Bulhões, professora de língua portuguesa da Universidade Regional do Cariri, no Ceará, que tem dois livros infantis publicados - Uma baleia muito esperta e Raulzito, o jacaré – diz que tenta “trabalhar com as temáticas da liberdade individual, do direito de sonhar e de estar na contramão das imposições da coletividade. Quando escrevi a história do hipopótamo Everardo, procurei trazer essas ideias pro texto. Essa premiação é muito importante, pois dará visibilidade ao meu trabalho. Uma ótima oportunidade de publicação e de divulgação de livros. Além disso, sinto uma grande satisfação em saber que minha obra será divulgada por uma editora de Pernambuco e lida pelas crianças pernambucanas!”

João Paulo Vaz diz que “os concursos literários têm sido fundamentais” na sua carreira de escritor. Ele tem quatro livros publicados, dois deles através de concursos. As brincadeiras de princesas e aventuras das netas Janaína e Beatriz, de oito anos, foram a inspiração para escrever A valente princesa Valéria, que foge da narrativa tradicional ao colocar a princesa como salvadora do príncipe e depois os dois, para ganhar a liberdade, enfrentam juntos uma série de obstáculos.

Maria das vontades é o primeiro livro infantil da pernambucana Adriana Victor. Ex-repórter da Rede Globo Nordeste, ela tem reportagens publicadas em diversos jornais e revistas do país; é coautora de Ariano Suassuna: Um Perfil Biográfico, publicado pela editora Zahar, e autora dos textos de Encourados - Inventário Fotográfico, Investigação Sonora e Registros Escritos sobre o Vaqueiro e a Lida com o Gado. Em outubro de 2011, lançou Bonecos na Ladeira, livro sobre os gigantes do Carnaval de Olinda.

Viviane Veiga, de São Paulo, disse que ter um livro escolhido em um concurso nacional, como o da Cepe, “é uma alegria imensa para qualquer escritor”. Vencedora em dois concursos de poesia, esta é sua estreia em prosa e a primeira experiência voltada para o leitor juvenil. “Eu espero que o leitor se aproprie do texto e da poesia escondida nas páginas do Decifrador de poemas”. Viviane tem publicada a obra Mareliques da praia-louca, com ilustrações de Walther Moreira Santos (Editora Bicho Que Lê, PE), que venceu o Concurso PROAC de Publicação de Livros no Estado de São Paulo, da Secretaria de Estado da Cultura. O MEC vai publicar sua obra Pé de alguma coisa pede outra, que venceu o II Concurso Literatura Para Todos, realizado pelo Ministério da Educação. Em 2012 deverá ser publicado também o Cordel de Teresinha, vencedor do Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel – Edição Patativa do Assaré, do Ministério da Cultura.

13 de novembro de 2011

Reiteração II

ESPINHO E GLÓRIA
Eu só queria escrever.
E deu nisso.
Um abismo e o Everest.
Um decathlon.
Duas coroas.

Reiteração

Eu escrevo, mas sou só começo. E se escrevo é para ficar atenta a alguma fala que poderá ser minha, do meu jeito que ainda não sei. Pode ser que eu escreva só para isso: para encontrar. Mesmo assim, é só começo. Não é nada muito digno de amparo e alardes, sou só eu e a palavra. O que se inverte. Se houver leitor, daí é tudo. Porque três é a perfeição: eu, a palavra e o leitor, como a Santíssima Trindade: três, mas um; um, mas três.

29 de outubro de 2011

Tá com medo? Lê um livro!

Se você quer dar uma ajudinha a alguém que está com medo de tomar uma decisão importante, ou dar um toque em uma pessoa que tem medo de tudo, existe um livro perfeito para isso. É o CHAPEUZINHO AMARELO, do Chico Buarque. Nele, Chapeuzinho Amarelo encontra um jeito bem diferente de espantar o medo. Com uma boa dedicatória, este livro pode ajudar muito marmanjo medroso!

O melhor de tudo é que você nem precisará comprar o livro, pois o ITAÚ CULTURAL está doando este e outros dois livros a quem se cadastrar aqui: http://ww2.itau.com.br/itaucrianca/peca_colecao.aspx.





Chapeuzinho Amarelo,
de Chico Buarque
Ilustrações de Ziraldo
José Olympio Editora

14 de outubro de 2011

Inauguração no Varal

Eu realmente gosto de ler livros de Literatura Infantil e Juvenil. E esta paixão começou nos tempos de Faculdade, quando percebi uma verdadeira lacuna: os estudantes de Pedagogia não são estimulados a ler Literatura, menos ainda Literatura Infantil.
Por esta razão, comecei, já no primeiro ano da graduação, procurar autores que enxergassem aquele vácuo como eu enxergava e experimentava, na prática. Entre diversos autores que se preocupavam com a leitura de Literatura por parte dos professores (nem tanto na graduação, mas já na sala de aula), encontrei uma comparação perfeita da Ana Maria Machado que dizia mais ou menos assim:
"Acreditar que um professor que não lê queira fazer uma criança ler é o mesmo que pensar em um instrutor de natação que não saiba nadar".
E por aí eu fui lendo, lendo, fiz minha monografia dentro do tema, apesar de ser apenas uma aluna de pedagogia, e cada vez mais me apaixonei pelos livros escritos, ilustrados, produzidos para crianças. E comecei a querer presentear adultos com estes livros. E gostei da ideia.

(Você pode vir direto pra cá se não gostar de explicações)

E esta é a razão deste post: VARAL DE LIVROS - livros de Literatura Infantil para adultos. Dicas de presente, receita literária para males diversos, sorriso à domicílio e tudo mais que a Literatura Infantil pode nos oferecer. A nós, que somos tão quadradinhos; sim, a nós, crianças estragadas de tão maduras no pé-da-vida. Eba!




E para estreia, começo com a maravilhosa Tatiana Belinky, com seu livro LIMERIQUES DE UM BÍPEDE APAIXONADO.

Veja bem, é um livro indicado para leitura de todos românticos, bípedes ou não. Mas, ele é o PRESENTE IDEAL para quem for apaixonado por uma bióloga ou veterinária, ou até mesmo uma mulher que seja apaixonada por bichinhos.

São poemas do tipo limeriques que garantem um tom bem alegre ao livro, sem perder o romantismo, claro!

Limeriques de um Bípede Apaixonado
Tatiana Belinky
Editora 34

7 de setembro de 2011

"Aquela multidão tá ali. (...) Serão eles que vão frequentar? Certamente não nos frequentarão. Nós teremos que criar algum tipo de programa para poder interagir com esta população."

Danilo Miranda,  Diretor do SESC de São Paulo, em Sempre Um Papo

Cracolândia, São Paulo/SP - porque a verdade também é beleza! 
Foto daqui: http://www.tvcartamaior.com.br/cmimagens/20090530/017.jpg

Ah, se fosse eu a dizer, a gritar e a agir: "Nós teremos que criar algum tipo de programa para poder interagir com esta população". Muito bom que este Danilo falou! E ele falou de uma unidade do SESC que está sendo construída no bairro Bom Retiro, vizinho à Cracolândia. E a multidão, e a população, e as pessoas de quem ele está falando são os usuários. Não os usuários de cultura, mas os de crack, os de rua, os de miséria.

Não é nova a minha preocupação com a população em situação de rua, embora ainda seja muito, muito, muito pouca. Recentemente apresentei no PROAC-ICMS (um programa do Governo do Estado de São Paulo que apoia a produção cultural através do incentivo fiscal) o projeto BRINQUEDOTENDA, idealizado pela missionária Livia Maria, da Associação Aliança de Misericórdia. Uma Brinquedoteca do mais alto nível, para as crianças em situação de rua. Mas fomos reprovados pelos entraves burocráticos! Porém, não desistimos!

Nesse fervilhar das coisas, dos pensamentos, desta fala do Danilo, passei a me deter mais e mais no direito de acesso à cultura que nos é garantido na Constituição Federal. É verdade que a população de rua é privada da maioria destes direitos básicos. Mas eu não posso oferecer tudo, posso oferecer parte, uma pequena parte e só.

E agora? Faço o quê?

Não posso terminar este texto, disso eu sei. Por que fica, e me deixo, a pergunta: como alcançá-los? Como ofertá-lo, este bem tão precioso?

Não tenho a resposta. Pegunta com resposta é retórica e eu quero mesmo é saber...

Quem finaliza é a Cora, a Aninha:

Conclusões de Aninha

                                                                (Cora Coralina)


Estavam ali parados. Marido e mulher.
Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça
tímida, humilde, sofrida.
Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho,
e tudo que tinha dentro.
Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar
novo rancho e comprar suas pobrezinhas.


O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula,
entregou sem palavra.
A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou,
se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar
E não abriu a bolsa.
Qual dos dois ajudou mais?


Donde se infere que o homem ajuda sem participar
e a mulher participa sem ajudar.
Da mesma forma aquela sentença:
"A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar."
Pensando bem, não só a vara de pescar, também a linhada,
o anzol, a chumbada, a isca, apontar um poço piscoso
e ensinar a paciência do pescador.
Você faria isso, Leitor?
Antes que tudo isso se fizesse
o desvalido não morreria de fome?
Conclusão:
Na prática, a teoria é outra.

Aqui o vídeo do Danilo na íntegra. Uma das boas partes está entre o tempo 3m30s e 5m. Mas vale muito a pena ver o vídeo todo:



20 de agosto de 2011

varal do Farofa

Meu namorado e eu somos amigos há 6 anos e namoramos há 1. Ele é clown e também se chama Farofa. Um pouquinho antes de começarmos a namorar - e de descobrir que ele era o homem da minha vida - eu escrevi este texto em homenagem a seu palhaço:


"Eu sou amiga de um clown.
É uma amizade à distância aproximada de 165 quilômetros! O que não fere em nada nosso relacionamento, já que o pulsar da sua alma extrapola todo tipo de distância.
Ele sempre está por aqui, mesmo quando o aroma do seu paradoxo não se faz sentir. Ele é um alquimista de sensações humanas. A alegria e a tristeza são apenas detalhes do que ele realmente pode transformar com sutileza e perseverança: vidas.
Meu amigo e eu nunca fomos apresentados formalmente. Apenas temos um amigo em comum. O que para um clown é mais do que suficiente, porque ele tem a capacidade de estreitar laços onde sequer haja um fio.
O seu pisar e o mirar através do carmesim-nariz unem o imaginário ao real e tudo se torna possível. Por isso o transpor das distâncias e a ruptura das formalidades. O clown é um místico.
O nome do meu amigo denuncia sua personalidade multiplicadora. Ele é quase onipresente. Tem a possibilidade de estar em muitos lugares. Não todos. Onde há um só grão de sua mistura, todo ele está lá!
Pode parecer redundante, mas o Farofa, além de ser clown, é também especial. A sua “especificidade” extrapola àquela inerente à sua espécie. É uma raridade.
A bem da verdade, ele nunca se dirigiu diretamente a mim. Não me lembro de termos trocado sequer palavras, menos ainda olhares. Mas ele existe e eu sei, do que mais eu preciso? A mim, basta isso: a singular existência do seu sorriso.
Viviane Veiga Távora
29/03/2010".

22 de julho de 2011

varal da semana

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA FEIRA - MENOS SÁBADO DOMINGO

Eu visito sua solidão de segunda a sexta feira, em horário comercial, com ruídos e papel, alcalino borrado de enigmas. É via de uma só mão e ininterrupta. Ele não se reconhece solitário, é populoso. E mal se identifica. Abstrai-se de qualquer externo; muro, chão ou vala. É uma rocha flexível. E eu visito sua solidão de segunda a sexta feira, impreterivelmente.

9 de julho de 2011

LPT no Dique XIII

VIAGEM NO TEMPO COM MADALENA!

No dia 10/05/2011, assim que apresentamos o novo livro a ser lido - MADALENA, de Cristiane Dantas - as participantes do projeto começaram a cantar:

"Madalena, Madalena, você é meu bem querer, eu vou falar pra todo mundo, vou falar pra todo mundo que eu só quero é você..."

Enfim, uma cantoria daquelas bem regada à gargalhada!

Depois que os ânimos voltaram para o livro, iniciamos explicando mais uma vez o gênero literário conhecido como Novela, diferente daquilo que entendemos como novela televisiva.



Depois de começarmos a leitura de dois capítulos, elas foram chamadas a perceber uma sutileza da autora ao escolher para título de cada capítulo o nome de uma personagem da vida de Madalena que tenha marcado um período específico. Ou seja, Cristiane à medida que nos apresentava personagens da vida de Madalena, nos contava sua vida. Um delícia de ler. E não sou eu que estou dizendo isso. Porque, com certeza, este foi um dos livros preferidos da maioria delas!

Continuamos e terminamos a leitura do livro no dia 17/05, pois no dia 12/05 o Ponto de Cultura Arte no Dique recebeu a ilustre visita de Moraes Moreira com um show.

Neste dia (17/05), terminamos a leitura da Novela. Algumas já tinham lido em casa e diziam durante a leitura: "Calma, calma, vocês vão ver o que vai acontecer... espera!". E assim foi, lemos tudo e não podemos negar nosso coração partido no final do livro. Triste e delicioso!

Já no dia 19/05, nós fizemos uma atividade bem divertida. Cada uma deveria pensar em um determinado período de sua vida que tinha sido marcada por uma pessoa específica e narrar este período sempre tendo essa pessoa como referência! Essa atividade rendeu muita história, muita emoção, saudades e gargalhadas!


3 de julho de 2011

LPT no Dique XII

POESIA, CONTO, NOVELAS, CRÔNICA e...

... CRÔNICA FALADA...

Depois do feriado da Semana Santa, voltamos a nos reunir. Ficamos com saudades! No dia 26/04, relembramos todos os gêneros literários conhecidos até aquele momento: POESIA, CONTO , NOVELA e CRÔNICA. Depois, lançamos o desafio para as participantes; "escrever" sua própria crônica. Elas que já tinha produzido poemas e que, ao longo dos encontros, nos presentearam com histórias riquíssimas, iriam fazer uma crônica falada! E fizeram! Em breve todos poderão se deliciar com a sabedoria dessas mulheres impressionantes!

...BIOGRAFIA!

Na I Coleção Literatura Para Todos, no MEC, há o livro LÉO, O PARDO, de Rinaldo do Nascimento. Uma história de lutas! Igualzinha à história das participantes do Literatura Para Todos no Dique. Durante dois encontros (28/04 e 03/05/2011) elas leram esta Biografia, depois de conhecer um pouco mais sobre o gênero. O impressionante é que eles não queriam palar a leitura! Queriam mais, estavam ávidas!


Depois da leitura, fizemos uma breve atividade (que já vem sendo exercitada desde o primeiro encontro) de contarmos um poucos dos desafios de cada uma até chegar ali.


LPT no Dique XI

MÃOS À OBRA DO CARPINEJAR

Depois de lerem os livros de Fabrício Carpinejar, as participantes do Projeto Literatura Para Todos no Dique fizeram arte: escolheram um poema ou uma crônica com que se identificaram e transpuseram aquela emoção para o papel. Isso aconteceu no dia 19/04/2011:


E as obras são essas daqui:









2 de julho de 2011

LPT no Dique X

CRÔNICAS, POESIA E BELEZA INTERIOR!

Uma verdadeira discussão foi travada sobre beleza interior quando as participantes do Projeto Literatura Para Todos no Dique receberam os livros do poeta e cronista gaúcho Fabrício Carpinejar. E eu juro, de dedos cruzados na boca, que não provoquei a discussão!

Foi instantâneo e espontâneo. Então, comecei a gravar! Depois, editei. Foi uma longa discussão sobre a beleza do poeta.




A leitura de todos os livros do autor aconteceu em 12 e 14 de abril. Foram lidos os seguintes livros, todos da Editora Bertrand:

CANALHA
O AMOR ESQUECE DE COMEÇAR
WWW.TWITTER.COM/CARPINEJAR
MEU FILHO, MINHA FILHA
TERCEIRA SEDE - ELEGIA
AS SOLAS DO SOL
CINCO MARIAS
COMO CÉU/LIVRO DE VISITAS

Depois da leitura, elas fizeram arte...



29 de junho de 2011

varal de surpresa ainda indefinida

Pra mim foi uma supresa ter sido uma das selecionadas para o Mapa Cultural Paulista 2011/2012 da minha cidade, Cubatão. Não me espantaria se alguém gostasse do meu poemeto. Eu gosto dele:

seus olhos
bolhas de sabão
onde escondo
meus sonhos
pluft!

O meu espanto, a minha surpresa ainda indefinida (por não saber se boa ou ruim), foi ter sido escolhida na categoria Crônicas, com uma crônica maluquinha, maluquinha, como são meus limeriques: CRÔNICA(S)EMPÂNICO. É a minha primeira!!!

Como dei sorte no primeiro poema oficial, que transformou-se no livro PÉ DE ALGUMA COISA PEDE OUTRA e ganhou concurso nacional, e será publicado com 600 mil cópias, e teve apresentação de Carpinejar e comentário de Dr. Ezequiel Theodoro da Silva... vai que dá, né?

Enfim, tô lá, seja o que Deus quiser e aos jurados aprouver!

Notícia do www.cubatao.sp.gov.br


Cubatão já tem os vencedores do Mapa Cultural 
 
Postado por Departamento de Imprensa   
Ter, 28 de Junho de 2011 17:13
Doze nomes foram selecionados para representar a cidade na fase regional do Festival


Mais de 30 artistas inscritos entre músicos, bailarinos, poetas, artistas plásticos e atores: a fase municipal do Mapa Cultural Paulista foi uma grande festa, reunindo o movimento cultural cubatense. Em três dias de seletiva, os artistas tiveram a oportunidade de mostrar à comunidade todo seu talento. O resultado com os nomes dos vencedores foi revelado neste domingo (26/6), no Bloco Cultural.

Agora, os 12 nomes selecionados em Cubatão seguem na disputa regional, onde vão competir com representantes das outras oito cidades da Baixada Santista. Esta edição do Festival foi recheada por doces supresas. Na escolha dos vencedores no segmento Literatura, os jurados fizeram uma mesa-rendonda e trocaram ideias com os participantes. Neste segmento, foram selecionados autores em Conto (Bobo Plin, com “Senhorinha do Amor”), Crônica (Viviane Távora, com “Crônica(s)empânico”) e Poesia (Carlos Roque, com “Matilha”; Leonardo Só, com “Pássaro vadio” e Roberto Faccoro, com “Esperando o Canal 6”).

Um dos segmentos mais disputados foi o de Música Instrumental, com cinco equipes inscritas. O vencedor foi o Grupo “Cartoons”, formado por músicos da Banda Marcial de Cubatão. Com uma formação dedicada à difusão de temas de desenhos animados e games, o sexteto formado por jovens instrumentistas arrancou muitos aplausos, durante a seletiva, no último fim de semana. Na seletiva de Teatro, o escolhido foi o ator Fabiano di Mello, com a peça “O Vendedor”.

Já a seletiva de Dança reuniu três importantes grupos da cidade. A Cia de Dança da Sinfônica ficou com o bicampeonto – já que também foi a escolhida na edição 2009 do Mapa. Desta vez, conquistou o espaço com a coreografia “Golden Days”, que também será destaque no Festival de Dança de Joinville, em Santa Catarina, considerado o maior do gênero no mundo.

No segmento Artes Plásticas, sete pessoas inscreveram suas obras. Os escolhidos foram Marco Tuin, com o óleo sobre tela intitulado “Janela do meu Brasil”, e Laura Neyde com a obra “Doença na sociedade”. A artista fez um adendo ao combate à exploração sexual infantil, utilizando materiais inusitados como betume, colagem de papéis, aquarela.


O Coral Zanzalá foi o representante de Canto Coral, representando Cubatão pela terceira vez consecutiva. Em duas edições (2007 e 2009), o Grupo Artístico também ficou com a vaga de representante regional. No segmento Vídeo, foi escolhida a obra de ficção “Uma vida dissabor”, de Dilson Mato Grosso e Henrique Ramos.

Antônio Simões, coordenador do Mapa Cultural em Cubatão, atribui o sucesso do Festival na cidade à constante participação dos artistas. “Mais uma vez, integramos o Festival com representantes em todos os segmentos propostos do Mapa. Para a cidade isso é muito bom e reforça nosso potencial na área cultural”, afirmou. De acordo com Simões, pelo menos mil pessoas, entre artistas e público, participaram dos três dias de seletivas. Este ano, Cubatão sediará a etapa regional do segmento Música Instrumental. A escolha está marcada para o dia 11 de setembro, no Bloco Cultural.

Texto: Morgana Monteiro   
Foto: Henrique Ramos
Link para fotos
20110627-SECULT-Mapa resultados-MM

24 de junho de 2011

varal da felicidade do Matheus

Matheus fez rima pra escola e eu achei uma graça! Ele tem um toque de nonsense com um jeitão de cordel... As crianças e adolescente deviam ser mais estimulados a compor poemas! Mea culpa!

23 de junho de 2011

varal [sem assunto]


O meu chão eram lenços de papel. Eu fazia tapetes de Corpus Christi com papel e canetinha e desenhava ali minha alegria que ainda está aqui. Da infância, só sinto falta do meu pai, que não está aqui. Eu ainda sou criança e tudo que estava lá ainda posso ter, e tenho! Eu leio livros de Literatura Infantil e eles são meus preferidos. Eu ainda quero ser tudo. A diferença é que agora eu sei que não posso, só nos livros. O meu corpo não é o mesmo, é verdade. Ele cresceu multiforme, menos minhas mãos curiosas. Não sei ver sem pegar. Não sei usar apenas um sentido. Eu beijo cheirando. Escrevo balbuciando o que é preciso cortar do texto. Eu leio as placas e os pensamentos escrevendo as palavras com o dedo no ar. Depois dos 30, não optei por cores neutras e sóbrias apenas. Já é tão chato não poder correr atrás das bolhas de sabão que atraem os clientes à loja de departamentos. Por isso, tenho minha própria máquina de fazer bolhas e minha coleção de cores no guarda roupa. Não dá pra aguentar a dureza da vida sem ser criança. Não tenho nostalgia porque minha infância ainda está aqui. Menos meu pai. Mas isso tem outro nome: saudade.

16 de junho de 2011

Curso FORMATAÇÃO DE PROJETOS VIII

Dos meus ex(eternos)-alunos do Curso de Formatação de Projetos Culturais, em Cubatão, a JULIANA FINAMORE é o destaque de hoje. Talentosa é pouco para ela. Ando cantando pela casa suas canções que me prenderam pelo pé: Artes, arteiros, artistas...


Clique na imagem para vê-la grande como a Ju

Curso FORMATAÇÃO DE PROJETOS VII

Eles ainda são notícia por aqui: CONFRATERNIZAÇÃO DO CURSO DE FORMATAÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS, em Cubatão.



Sim, eles me fizeram chorar tanto quanto me fizeram rir e me orgulhar no decorrer do curso.

11 de junho de 2011

Dose dupla!

Ontem, sexta feira - 10/06, tive a grata felicidade de ter duas turmas de alunos meus juntas. Foi o encerramento e a confraternização do Curso de Formatação de Projetos culturais, realizado em Parceria com a Prefeitura Municipal de Cubatão. As queridas alunas do Projeto Litertura Para Todos no Dique, realizado em parceria com Instituto Arte no Dique, Funarte e MinC, foram lá: Lila, Dona Zê, Dona Lúcia e Maria. Foi um intercâmbio, tenho certeza, gratificante para todos. Principalmente para as 4 que se deliciarem escutando o Rogério Baraquet entoar canções do Espetáculo Chic é ser Brega, nascido de uma parceria feita no curso. Além de encontrarem pessoas queridas como o Francisco e a Helena, com seu artesanato de Fibra de Bananeira. Uau!

Além disso, tivemos Juliana Finamore e Leandrinho, tocando canções no espetáculo ACORDE PARA ARTE, que ainda vai dar o que falar. Pode esperar! O Cassio arrasou com seu trompete. Dany Buru emocionou a todos interpretando uma música em LIBRAS. Dona Raquel ganhou o Prêmio Revelação 2011, ao cantar para todos. O Silvio Soares arrasou com seu casaco lilás. A Eliane e uma aluna fizeram uma apresentação de dança super fofa, com efeitos especiais: Wagner e Thiago. A Cris criou e declamou um cordel misturado com repente suuuper legal. Massssss, o destaque da noite vai para Jefferson Paulino:

1. Ele abdicou da festa para gravar os depoimentos dos alunos. Um fofo!
2. Fechou a noite com um break que deixou a turma de boca aberta. Muito, muito, muito bom! Bem que a Dany Buru disse...

Agora, sabe que música ele dançou? Bemmm, um novo hit criado pelos alunos, com solo de Rogério Baraquet:

O que é a Justificativa? O que é a Justificativa?

Só ouvindo pra saber! rs

Obrigada, Roberto, Cris, Amanda, Francisco, Juliana Finamore, Juliana Luiz, Rogério, Jefferson,  Thiago, Silvio, Dona Raquel, Raquelzinha, Virgínia, Paulo, Everaldo, Helena, Giovane, Albino, Fabrício, Gênova, Eliane, Miltinho, Rodrigo, Koquinho, Wagner, Eliana, Renata, Cassio e os que foram só uma vez também, aprendi muito com cada um!!!

7 de junho de 2011

Curso FORMATAÇÃO DE PROJETOS VI

Conforme havia dito, foi um prazer enorme ter alunos tão talentosos na turma do Curso de Formatação de Projetos Culturais, realizado por mim em parceria com a Prefeitura Municipal de Cubatão.

Por esta razão, vou trazer um a um aqui no meu blog, como forma de dizer: muito obrigada a todos!

Hoje é o dia do Rogério Baraquet que, junto com o Sílvio Soares e o Roberto Ortiz, ganharão o troféu "EU NÃO BOLEI AULA!".


3 de junho de 2011

Curso FORMATAÇÃO DE PROJETOS V


O Curso de Formatação de Projetos Culturais, que estou ministrando em parceria com a Prefeitura Municipal de Cubatão, está chegando ao fim. Ahhhhhhhhhhhh...

Vou sentir uma falta gigante dos meus alunos que se tornaram amigos e colegas de trabalho, como não poderia deixar de ser. Com cada um deles aprendi muito. Por isto, toda semana vou falar um pouquinho deles aqui.

Vou começar falando do ROGÉRIO BARAQUET, da JULIANA FINAMORE e da AMANDA AMORIM PEREIRA! Três arteiros do meu coração...

Fiquem ligados!

2 de junho de 2011

A poesia me salvou e ainda há!

O meu lugar de decanso se chama Adélia dos Prados Verdejantes, e isto não escondo de ninguém! Hoje refresco os ares do blog com um dos meus poemas preferidos. Eita mulher que me faz eu mesma à sua imagem e semelhança, meu Deus!

GUIA

A poesia me salvará.
Falo constrangida, porque só Jesus
Cristo é o Salvador, conforme escreveu
um homem - sem coação alguma -
atrás de um crucifixo que trouxe de lembrança
de Congonhas do Campo.
No entanto, repito, a poesia me salvará.
Por ela entendo a paixão
que Ele teve por nós, morrendo na cruz.
Ela me salvará, porque o roxo
das flores debruçado na cerca
perdoa a moça do seu feio corpo.
Nela, a Virgem Maria e os santos consentem
no meu caminho apócrifo de entender a palavra
pelo seu reverso, captar a mensagem
pelo arauto, conforme sejam suas mãos e olhos.
Ela me salvará. Não falo aos quatro ventos,
porque temo os doutores, a excomunhão
e o escândalo dos fracos. A Deus não temo.
Que outra coisa ela é senão Sua Face atingida
da brutalidade das coisas?

(Adélia Prado)

Quem, então, me conderá? Pergunto...

1 de junho de 2011

LPT no Dique IX

OS CLÁSSICOS - PARTE 2

Maria do PT levou pra casa o livro O GUARANI; Lila levou A ESCRAVA ISAURA; Dona Lucia levou O CORTIÇO; Dona Zê ficou com ROMEU E JULIETA; eu fiquei com O TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA; e a nossa coordenadora geral, Cris, ficou com DOM QUIXOTE.

No dia 07 de abril elas trouxeram as experiências, considerações, dúvidas e histórias pra nossa roda de Leitura:

Dona Lucia trouxe uma caixa de papelão que para ela simbolizava a história de O CORTIÇO e se deliciou contando cada umas das tramas para nós, que acompanhamos antentas!


Lila leu A ESCRAVA ISAURA e recontou sua história para nós de uma maneira divertida, como não podia deixar de ser, já que é a mais animada e engraçada da turma!

Maria do PT achou O GUARANI confuso, mas não desistiu e continuou a leitura.

Dona Zê, Cris e eu comentaram sobre a diferença de suas histórias: ROMEU E JULIETA, DOM QUIXOTE e O TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA.

Como a leitura vai muito além do passar dos olhos pelas letras, juntas, lemos 6 livros em 1 semana! Que delícia ouvi-las recontando cada um desses clássicos! E viva a Literatura!

E viva a Funarte e o Ministério da Cultura que nos proporcionaram essa possibilidade!

31 de maio de 2011

LPT no Dique VIII

COM A VEZ, OS CLÁSSICOS!

No dia 05 de abril, os clássicos da Literatura Universal invadiram a roda de leitura do Projeto Literatura Para Todos no Dique, no Ponto de Cultura Arte no Dique, em Santos.

Colocamos os livros da coleção NEOLEITORES, da Editora L&PM, na mesa e conversamos muito antes de iniciarmos a leitura. As participantes perceberam que conheciam a maior parte das histórias daqueles livros, seja por adaptações feitas para a televisão ou até mesmo por terem ouvido uma ou outra de algum conhecido.











Com base neste conhecimento prévio das histórias, escolhemos um livro para leitura coletiva: GARIBALDI E MANOELA: UMA HISTÓRIA DE AMOR, de Josué Guimarães.

À medida que líamos trechos da obra, muitas antecipavam os acontecimentos e a leitura quase se tornou uma narrativa oral emocionante desta história de amor!

Ao final do encontro, cada um escolheu uma obra para levar para a casa e fazerem a experiência de iniciarem e terminarem uma leitura sozinhas.

O que será que deu isso?


26 de maio de 2011

O que é um limerique - Parte 2

O limerique é um poema e ele sempre tem 5 versos! O primeiro, o segundo e o quinto versos têm 8 sílabas! Mas não as sílabas comuns (gramaticais), são as chamadas sílabas poeticas...

Saiba mais sobre as sílabas poéticas ou métricas clicando aqui.

Veja como fica aquele mesmo limerique do livro MARELIQUES DA PRAIA-LOUCA com esta nova exigência: 8 sílabas poéticas no primeiro, no segundo e no quinto verso.




21 de maio de 2011

LPT no Dique VII

ATUALIZAÇÃO DO PROJETO LITERATURA PARA TODOS NO DIQUE

As coisas andaram bem agitadas por aqui e no projeto. O número de participantes aumentou e nós estamos na reta final. Como o negócio está muito bom, decidimos por nossa conta prorrogar as atividades oficiais por mais um mês. Veja o que aconteceu até aqui:

DEPOIS DAS CRÔNICAS, RELEITURA

Na semana de 28 de março,  levamos todos os livros já lidos para nosso encontro. Até lá, tinham sido 7 livros lidos (Entre a Juntura dos Ossos, Batata Cozida Mingau de Cará, Caravelas - Redescobrimento, Abrãao e as Frutas, Cabelos Molhados, Tubarão com Faca nas Costas e Cobras em Compota). Quem não tinha lido 1 só livro inteiro em toda uma longa vida, leu 7 livros em pouco mais de 1 mês! É o milagre da Literatura!

Lila, que nos contou ter montado uma prateleira para receber os livros que ganha a cada encontro!

Então levamos todos os nossos livros, folheamos novamente, relemos o que foi mais significativo para nós. Relembramos que em média o brasileiro lê 1 livro por ano e que nós já havíamos ultrapassado aquela marca no nosso primeiro encontro.

Foi um dia de muita alegria, porque elas ainda não tinham se dado conta do que estava acontecendo ali, toda terça e quinta, no local onde algumas trabalham: elas caminhavam para se tornarem leitoras, não mais neoleitoras!


LEITURA SUGERIDA

Ainda na mesma semana, no dia 31 de março, fizemos a leitura do livro MENINOS DO MANGUE, de Roger Mello - Companhia das Letras, sugerido pelas participantes do projeto. O nome do livro é bastante significativo para a realidade do Ponto de Cultura Arte no Dique criado para atender à necessidade de crianças, jovens e adultos que moram no Dique da Vila Gilda, um bairro de Santos/SP que parcialmente vive sobre palafitas.


O livro foi sugestão da Lila que durante o dia viu o livro com uma das professoras do Ponto de Cultura. Durante o dia mesmo, e sozinha, ela leu uma das histórias, ficou encantada e trouxe para nosso encontro!

A cada história um suspiro, uma gargalhada, uma reflexão, uma redescoberta! Isso mostra o quanto os livros não deveriam ser separados em faixas etárias dos leitores. Livro de criança e livro de adulto? Que nada! Todo livro é pra quem quiser viver, ser feliz e sonhar!


3 de maio de 2011

PORTAL LEITURA CRÍTICA

Comecei o mês de maio com um presente: minha entrevista para a Revista do Portal Leitura Crítica, sob a coordenação do super Dr. Ezequiel Theodoro da Silva.

Coloco aqui um trecho, mas você pode conferí-la na íntegra aqui: http://www.leituracritica.com.br/rev11/prumo/prumo8.htm

Dr. Ezequiel é uma sumidade na área da Educação, especialmente de Leitura. Além disso, ama pescar! Foi um dos primeiros leitores do Mareliques da Praia-louca e um incentivador do meu caminho!

A entrevista ficou super bacana!!! Confere aí um pedacinho:


Viviane, conte para os nossos leitores um pouco de você: onde mora, o que faz, formação, família, etc.
Eu moro entre a serra e o mar, na cidade de Cubatão, estado de São Paulo. Sou filha e mãe de artista, escritora, produtora cultural, além de ser pedagoga por formação. Também faço parte do Movimento Aliança de Misericórdia, um povo bem criativo que dedica parte do tempo para ajudar pessoas que estão abandonadas nas ruas. Penduro toda minha arte no blog www.varaldecasa.blogspot.com 

Você se diz uma leitora inveterada... de onde vem isso? Fale sobre os responsáveis pelo seu amor à leitura.
Confesso que comecei a ler livros por acaso. Embora gostasse muito dos cadernos de poesia que fiz com ajuda da professora Rosa, eu iniciei a leitura de livros com O MENINO DO DEDO VERDE. Na verdade, eu me escondia atrás dele quando minha mãe me pedia para ajudá-la com as tarefas domésticas. Se dissesse que estava lendo, ela me eximiria do serviço. Foi assim, até que um dia comecei a ler pra valer. Mas minha paixão absoluta pela literatura despertou no tempo de formação acadêmica, quando percebi uma lacuna: os professores no período de formação inicial não são estimulados a ler literatura, nem adulta, nem juvenil, menos ainda infantil. Embora eu não seja muito a favor desta "separação" de livros em faixas etárias. Mas por conta desta ausência, eu passei a buscar muito mais a leitura de textos literários.

Com base na realidade educacional brasileira de hoje, como vê o papel da escola e dos professores na formação dos leitores?
A escola é a última esperança para a formação de leitores no nosso país. Gosto de uma comparação que Ana Maria Machado faz sobre a formação de leitores. Ela diz que não se pode aceitar que um instrutor de natação não saiba nadar; e que igualmente não podemos acreditar que um professor que não lê, estimule alguém a ler. Acredito nisto! Acredito na força da escola e do professor para formar um país leitor. Mas precisamos, antes, de professores leitores, apaixonados pela leitura. Eu acredito que chegaremos lá. Se não acreditasse, pararia de escrever... de ler, nunca!