29 de junho de 2012

29 de junho de 2012


Hoje é o DIA DO ESCRITOR PAULISTA (Lei Nº 2.325 de 11 de abril de 1980) e eu tenho três razões para estar diretamente feliz.

A primeira é que eu sou uma escritora paulista e sou muito grata por isso.

A segunda é que o escritor escolhido, em 11 de abril de 1980, para ser homenageado com esse dia foi Afonso Schmidt de quem sou conterrânea com orgulho.

A terceira é que neste dia, o do nascimento do ilustre Cubatense, também foi escolhido pelos céus para que eu recebesse em Sessão Solene na Câmara Municipal de Cubatão a “Medalha Afonso Schmidt”. Essa honra eu recebo por que sou escritora e por isso sou muito grata mesmo.

Só uma coisa me entristece no dia de hoje: muitos Cubatenses não conhecem Afonso Schmidt, quiçá os não Cubatenses.

Sinto-me na obrigação de nesse dia falar um pouco dele para os que não o conhecem. E como eu escrevo bem melhor quando para crianças, ofereço trechos do meu CORDEL DE SCHMIDT – O Escritor da Alma Brasileira:

(Wega, 1964)


Hoje eu venho pedir

toda sua atenção

para falar de um homem

orgulho de Cubatão.

Afonso é o seu nome,

Schmidt, o sobrenome.

Filipe, na ficcção.



Essa história de Filipe

eu depois vou explicar.

Mas antes, neste cordel,

quero mesmo é exaltar

o homem interessante,

personagem importante,

Cubatense sem um par.



Em um mil e oitocentos

e noventa  ele nasceu.

De Odila, sua mãe,

a vida recebeu.

João Afonso é o genitor

desse ilustre escritor

que o mundo percorreu.



Foi nascido em Cubatão

quando ela era de Santos,

porém ele quis do mundo

conhecer os quatro cantos.

Pela Europa viajou

e à sua terra regressou

por causa de seus encantos.



Nosso orgulho Cubatense

a carreira iniciou

já nos seus dezesseis anos

quando seu livro lançou:

Lírios Roxos, de poesia.

Na Stocco Tipografia,

foi onde ele o publicou.



Era cidadão do mundo

mesmo tendo aqui nascido.

Viajou pela Europa,

sempre muito decidido,

jornalista se tornou,

até um jornal fundou,

muito dele já foi lido.



Desde jovem trabalhou

 e além de escritor

foi grande jornalista,

e um braçal trabalhador

na construção da estrada

- de Santos, a nova entrada -

na função de puxador.



O grandioso Romancista,

muitas obras publicou.

São mais de quarenta livros

que de herança nos deixou.

Poeta espetacular

que soube representar

a dor que o povo calou.



Entre os livros publicados

há um muito especial

sobre o Menino Filipe

- personagem principal.

Retrata na ficção

do autor o coração

de maneira abismal.



Neste livro que eu citei

o autor tentou mostrar

como era Cubatão,

em seu período solar

com flashes de sua infância,

mantendo certa distância

pra um romance se tornar.



No ano sessenta e quatro

de um mil e novecentos

o saudoso conterrâneo

ofertou os seus talentos

- cultivados com fervor -

ao Divino Criador

que o soprou aos quatro ventos.



Termino minha homenagem

com bastante emoção,

porque escrevi esses versos

com todo meu coração,

pra gritar aos quatro cantos

os talentos e os encantos

desta nossa Cubatão.