29 de outubro de 2009

varal da Stella




Hoje a saudade bateu à minha porta. Não que ela já não estivesse me rondando. Mas hoje ela foi aguçada pelos sentidos e entrou de vez. A vida tem me presenteado com pessoas de valor inestimável. Vez em quando elas aparecem pelas asas da tecnologia, outras vezes de forma inusitada. Foi assim com a Stella, em apenas alguns dias de pouca convivência em Natal. Não sei se por razão da euforia de receber meu primeiro prêmio ou se pelo jeitinho mineiro pra lá de acolhedor, eu me agarrei à Stella como a uma mãe generosa e descansei meus mil e um medos, angústias e ansiedades. Ela me acolheu: "somos amiguinhas de infância, Vivi!"... Quase um ano se passou e muitos ainda passarão. Quem sabe nos veremos muito ou pouco? De qualquer forma, está tudo registrado aqui, num espaço nobre e raro da minha gratidão.


Graças a Deus, conhecer Stella não é exclusividade minha. Caso você queira, pode saber tudinho sobre ela aqui.



22 de outubro de 2009

varal precioso


Hoje eu curti o silêncio:

Deixei ele exposto às relíquias do sol e não adormeci. Respeitei a sua necessidade de tempo e expus minhas feridas. Ele registrou em mim as palavras exigidas pelo bom senso. Eu acariciei sua nova textura. Ele me respondeu com a energia da grama a iluminar meus pés. Eu dancei sua ausência. Ele profetizou meu poema: vive!

21 de outubro de 2009

varal do vizinho Pamuk



"O segredo do escritor não é a inspiração - pois nunca fica claro de onde ela vem -, mas a sua teimosia, a sua paciência." Orhan Pamuk





Eu sigo assim: teimando com paciência...
Um dia eu chego lá! Mesmo que o "lá" seja aqui no meu varal.

20 de outubro de 2009

varal de visitantes

Tenho percebido (coisas da tecnologia!) que algumas pessoas visitam o varal de casa com frequência, mas quase nunca se identificam... São visitantes não só do Brasil, mas de outros países como Portugal, Reino Unido, Bolívia, Estados Unidos!

Peço que vocês pendurem um recadinho no varal, só pra eu poder chamá-los pelo nome, oferecer um café, um chá, ou simplesmente um abraço!


Pássaros Libertos
(Helena Kolody)

Palavras são pássaros,
Voaram!
Não nos pertencem mais.

17 de outubro de 2009

varal de pensamentos dos mais variados tipos

Você percebe que é um ser-pensante-escritor-compulsivo quando está tomando mocaccino no shopping e rascunhando coisas para o seu blog:

Rascunho 1: Toda palavra produz uma imagem em mim. A poesia traduz essas imagens em sensações.;

Rascunho 2: Entrei na loja de departamentos, percebi estampada na flor da minha lapela a informação "não tenho dinheiro, não posso comprar", senti um certo constrangimento, parei e fiquei arquitentando este post;

Rascunho 3: Estive na livraria e conclui que livro lacrado a sete durex é sinônimo de pecado;

Rascunho 4: Continuei na livraria e - com a mesma informação na flor da minha lapela - descobri uma nova forma de leitura pelo passar dos dedos. Nessa eu encontrei um livro de imagens feitas com eles (os dedos), mas ele também estava lacrado e fiquei só no dedo mesmo!

Rascunho 5: Estou num café escrevendo em guardanapos com a caneta da mocinha do caixa que fez cara de quem não compreende uma escritora compulsiva sem papel e caneta na bolsa.