Como foi mesmo que eu cheguei até AQUI?
AQUI é o lugar exato onde me encontro: sentada na cadeira giratória do meu home-office-dormitório, escrevendo esse texto.
Veja bem, eu poderia estar em qualquer outro lugar e – acredite - esta não é uma simples divagação-clichê; é uma afirmação real sobre minha existência. Eu podia, por que já quis e pude, ser tantas coisas, fazer tantas coisas, criar tantas outras, que estar AQUI neste exato lugar é digno de auto-análise.
É marcante a constatação que acabo de fazer: eu estou aqui por causa dos pseudônimos!
Se não existissem os pseudônimos eu talvez não estivesse AQUI; mas ALI, pensando nos pacientes que atendi durante o dia, ou dando aulas para alunos de EJA, ou numa missão da NASA.
Por que os pseudônimos existem, eu estou AQUI.
Mais especificamente, AQUI significa um livro publicado, quatro deles a caminho (TODOS através de concursos e prêmio literários), e dezenas de outros no pen drive esperando sua maturação, ou premiação.
Chegar até AQUI foi um caminho inesperado. Eu simplesmente arrisquei sem a mínima intenção de acertar o alvo. Só não queria passar pela vida sem tentar. Tentei!
Aprendiz de Flora.
O primeiro pseudônimo, do primeiro livro, do primeiro prêmio, não dá para esquecer. Aprendiz vem de mim. E Flora é da Flora Figueiredo, quem mais me inspirava na adolescência.
Aprendiz de Flora, catapum!
Arrebentou as portas. Com pé-direito? Não, com os dois pés; de voadeira. Pé mesmo! Porque PÉ DE ALGUMA COISA PEDE OUTRA.
Viviane Veiga Távora? Que nada! Isso não abre nem fresta em janela de casa de boneca.
Aprendiz de Flora, SUR-PRE-SA!
“Quem é essa tal de Viviane?” - pensaram. Suspiros, inquietações. “Trinta anos, ela tem trinta anos!”. Por quê? Pensaram que eu tivesse menos, jurados? Ou talvez mais? Ou talvez, pensassem que eu fosse outra pessoa que não a Viviane? Talvez nem tão aprendiz...
Sim, eu vi o vídeo com a abertura dos envelopes do II Concurso Literatura Para Todos, realizado pelo Ministério da Educação. A edição das imagens foi cortesia do próprio MEC. Um deleite para mim e para a Aprendiz, de Flora, de Adélia, de Lygias...
E como foi mesmo que eu cheguei até AQUI?
A pergunta ainda requer cartografia. Mas o ponto de partida já foi delineado: os pseudônimos. Ah, os pseudônimos...
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