26 de dezembro de 2008

roupa suja I

Eu gosto tanto de escrever que por vezes penso que as pessoas gostam de ler o que eu escrevo e me meto a fazer contos e algumas crônicas. Mas logo "deleto", escondo e finjo que nada me aconteceu.
Então, faço poemas!
Na poesia, encontro um espaço democrático para dizer o que não penso. Nela escondo aquilo que nem eu sabia, mas que me descubro sabedora e logo perco. Aliás, é a minha falta de saber, minha falta de conhecimento acerca da poesia que me permitem encontrar nela um lugar seguro.
Pensando bem, talvez seja o contrário, pois na prática aprendi que poesia é sempre certa, mesmo não sendo boa; e eu tenho o péssimo defeito de querer tudo muito bom e muito certo. Eu até abro mão (sometimes) do que é bom, mas nunca de estar certa.
Na poesia, encontro um lugar seguro para quem sou, sem cerimônias, sem expectativas, sem medos ou rejeição. Eu sou apenas eu, poetisa, poema, minha poesia.

2 comentários:

Fabrício Basso disse...

É isso aí, também acho que poesia tá sempre certa. É como um grito, uma interjeição, já dizia meu velhinho favorito, Mario Quintana. Por favor, não apague seus textos. Já gostei tanto do pouquinho que tem aqui publicado...! Beijos e mais sucesso ainda pra ti!

Viviane Veiga Távora disse...

Obrigada, Fabricio!!! Beijos!