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eu guardo cartas nas minhas janelas cinzentas. Muitas
com rancor, poucas de perdão, quase nunca de amor. Estas, digitei todas. As de
perdão foram entregues, ainda que escorridas sobre pedras e túmulos. As de
rancor rangem velhas, evitam o som da pausa, quase sempre as amasso e arremesso
em poemas. Depois respiro
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