Hoje
é o DIA DO ESCRITOR PAULISTA (Lei Nº 2.325 de 11 de abril de 1980)
e eu tenho três razões para estar diretamente feliz.
A
primeira é que eu sou uma escritora paulista e sou muito grata por isso.
A
segunda é que o escritor escolhido, em 11 de abril de 1980, para ser
homenageado com esse dia foi Afonso Schmidt de quem sou conterrânea com
orgulho.
A
terceira é que neste dia, o do nascimento do ilustre Cubatense, também foi
escolhido pelos céus para que eu recebesse em Sessão Solene na Câmara Municipal
de Cubatão a “Medalha Afonso Schmidt”. Essa honra eu recebo por que sou
escritora e por isso sou muito grata mesmo.
Só
uma coisa me entristece no dia de hoje: muitos Cubatenses não conhecem Afonso
Schmidt, quiçá os não Cubatenses.
Sinto-me
na obrigação de nesse dia falar um pouco dele para os que não o conhecem. E como
eu escrevo bem melhor quando para crianças, ofereço trechos do meu
CORDEL DE SCHMIDT – O Escritor da Alma Brasileira:
(Wega, 1964)
Hoje eu venho pedir
toda sua atenção
para falar de um homem
orgulho de Cubatão.
Afonso é o seu nome,
Schmidt, o sobrenome.
Filipe, na ficcção.
Essa história de Filipe
eu depois vou explicar.
Mas antes, neste cordel,
quero mesmo é exaltar
o homem interessante,
personagem importante,
Cubatense sem um par.
Em um mil e oitocentos
e noventa ele nasceu.
De Odila, sua mãe,
a vida recebeu.
João Afonso é o genitor
desse ilustre escritor
que o mundo percorreu.
Foi nascido em Cubatão
quando ela era de
Santos,
porém ele quis do mundo
conhecer os quatro
cantos.
Pela Europa viajou
e à sua terra regressou
por causa de seus
encantos.
Nosso orgulho Cubatense
a carreira iniciou
já nos seus dezesseis
anos
quando seu livro lançou:
Lírios
Roxos, de poesia.
Na Stocco Tipografia,
foi onde ele o publicou.
Era cidadão do mundo
mesmo tendo aqui nascido.
Viajou pela Europa,
sempre muito decidido,
jornalista se tornou,
até um jornal fundou,
muito dele já foi lido.
Desde jovem trabalhou
e além de escritor
foi grande jornalista,
e um braçal trabalhador
na construção da estrada
- de Santos, a nova entrada -
na função de puxador.
O grandioso Romancista,
muitas obras publicou.
São mais de quarenta livros
que de herança nos deixou.
Poeta espetacular
que soube representar
a dor que o povo calou.
Entre os livros publicados
há um muito especial
sobre o Menino Filipe
- personagem principal.
Retrata na ficção
do autor o coração
de maneira abismal.
Neste livro que eu citei
o autor tentou mostrar
como era Cubatão,
em seu período solar
com flashes de sua infância,
mantendo certa distância
pra um romance se tornar.
No ano sessenta e quatro
de um mil e novecentos
o saudoso conterrâneo
ofertou os seus talentos
- cultivados com fervor
-
ao Divino Criador
que o soprou aos quatro
ventos.
Termino minha homenagem
com bastante emoção,
porque escrevi esses versos
com todo meu coração,
pra gritar aos quatro cantos
os talentos e os encantos
desta nossa Cubatão.