21 de julho de 2010

varal de uma praia muito louca!

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Prêmio novinho aqui, ó:


Tá lá, na página 91 do Diário Oficial Executivo I: Viviane Veiga Távora. Sou uma das ganhadoras (junto com gente talentosíssima de tirar o chapéu) do Edital ProAC 8, da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Um premiozaço literário, como disse um colega.

Agora tem uma certa burocracia: abre envelope 1 (tomara que tenha mandado os documentos direitinho); manda pro secretário; aguarda recurso; homologa; assina contrato... Mas, tá lá: ganhei! Eba!

Ontem sambei tomando chá de camomila, pra acalmar e conseguir dormir...

O livro é mesmo lindo. Não foi escrito, foi construído durante anos e anos... começou numa praia, com uma cadernetinha. Não queria mergulhar no mar, mergulhei na imaginação. Eu nem sabia que seria escritora pra valer!

O livro ficou mais lindo quando o Walther adotou e ilustrou, de uma vez... Disse que não conseguia parar de ilustrar! Vindo dele, é tipo... Jabuti! (rs)

Tomara que você goste de ler. Uns 7 meses, tá? Espera aí!


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20 de julho de 2010

varal dele

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O seu verbo principal não é amar. O seu principal verbo é o ver. Ele me vê. Eu não lembro na história dos meus dias alguém que me visse assim, como ele. Ele vê tudo e me antecipa aquilo que verei. Ele não acha, não desconfia, não julga a partir de si, ele vê! E depois, só depois, ama. E me amar, depois de me ver, é mesmo uma loucura. E ele me mostra isso quando vai tirando os fiapinhos de pele do meu rosto. Ele me diz com os dedos: "eu te amo mesmo com as sobras; e te ajudo a ficar íntegra, limpa". Com ele eu posso ser. Não preciso mascarar o verbo com adjetivos. Eu sou! E a única máscara que eu uso é para os cílios. E mesmo assim ele me volta a falar com os dedos, limpando os fragmentos caídos na pálpebra: "eu vejo também os cílios que derrubaram esse rímel. Eu vejo tudo, eu amo tudo!".

Assim, ele continua vendo, eu sendo. Ele é um homem incomum. É o Zé que toda mulher precisava de ter. E eu? Mudo de verbo e vejo a Adélia que posso ser nos olhos dele.

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